sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Tempestade destrói ponte e deixa bairro totalmente isolado em SP

Nível do rio subiu bastante e inundou estrada em Itaóca, no interior de SP.
Segundo a Defesa Civil, há previsão de chuvas para o fim de semana.

Mariane Rossi Do G1 Santos
Chuva destruiu ponte e isolou bairro em Itaoca (Foto: Ivan Edson / Arquivo Pessoal) 
Chuva destruiu ponte e isolou bairro em Itaoca (Foto: Ivan Edson / Arquivo Pessoal)
O nível do Rio Gurutuba subiu e a água da chuva destruiu uma ponte e invadiu uma estrada após uma forte tempestade, na madrugada desta sexta-feira (9), em Itaóca, cidade que fica na região do Alto Ribeira, no interior de São Paulo.
A chuva fez o nível do Rio Gurutuba subir e avançar pela estrada, impedindo a passagem de veículos. Além disso, a água também passou em cima de uma ponte de passagem, isolando totalmente o bairro Pavão, responsável pela ligação com outros pontos da cidade.
Estrada ficou completamente alagada em Itaóca (Foto: Ivan Edson / Arquivo Pessoal) 
Estrada ficou completamente alagada em Itaóca (Foto: Ivan Edson / Arquivo Pessoal)
De acordo com a Prefeitura de Itaóca, houve apenas registros de pontos de inundação na área rural no município, mais precisamente no bairro Gurutuba, mas não há desabrigados. Os funcionários trabalham para avaliar a situação da ponte e consertá-la. Por volta das 11h permanecia chovendo na cidade e a situação era de alerta.
Segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo, as chuvas que atingiram Itaóca são decorrentes da aproximação de uma frente fria, que causam áreas de instabilidade na região. A estação do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais registrou o acumulado de 60 mm em 24 horas. Ainda segundo a Defesa Civil, há previsão de chuvas para o fim de semana, em razão da frente fria, e devem diminuir a partir da terça feira (13).
Grande enchente
A cidade de Itaóca sofreu com uma forte enchente em janeiro de 2014, que deixou famílias desalojadas, 25 pessoas mortas e duas crianças desaparecidas que nunca foram encontradas.
Ponte ficou bastante danificada após temporal (Foto: Ivan Edson / Arquivo Pessoal) 
Ponte ficou bastante danificada após temporal (Foto: Ivan Edson / Arquivo Pessoal)

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Conheça o mamífero que sobreviveu à extinção dos dinossauros

Kimbetopsalis simmonsae, como foi chamada a recém-descoberta espécie, era herbívoro e se assemelhava a um castor

5 out 2015 07h11
atualizado às 11h05


Uma equipe de cientistas descobriu uma espécie de mamífero pré-histórico que sobreviveu ao evento que levou à extinção dos dinossauros. Os remanescentes dessa criatura grande e que se assemelha a um roedor, fornece pistas sobre como os mamíferos "dominaram" a Terra após o desaparecimento quando os dinossauros desapareceram.
Fóssil do animal, que se assemelha a um castor, foi encontrado nos Estados Unidos
Fóssil do animal, que se assemelha a um castor, foi encontrado nos Estados Unidos
Foto: Divulgação/BBC Brasil
Kimbetopsalis simmonsae, como foi chamada a recém-descoberta espécie, era herbívoro e se assemelhava a um castor. A descoberta foi divulgada na publicação científica britânica Zoological Journal of the Lennean Society.
O paleontólogo que liderou a pesquisa, Stephen Brusatte, da Universidade de Edinburgo, contou que o fóssil foi descoberto por uma aluna, Carissa Raymond, enquanto trabalhava em uma área de prospecção em Novo México, nos Estados Unidos. "Percebemos rapidamente que esse era um tipo de mamífero totalmente novo, que ninguém conhecia antes", disse Stephen à BBC.
Os pesquisadores ficaram intrigados com os dentes do animal, que eram especializados em mascar plantas, com complicadas linhas de pontas agudas na parte traseira e, na parte da frente, incisivos para roer.
Foto: Divulgação/BBC Brasil
Esse grupo de mamíferos, coletivamente conhecido como multituberculata, teve origem juntamente com os dinossauros, durante o período Jurássico, e prosperou durante mais de 100 milhões de anos até serem aparentemente substituídos por roedores. "(Durante o período Jurássico) esses animais eram bem pequenos", disse Stephen. "Então a colisão de um meteorito acabou com os dinossauros e de repente, em termos geológicos, esse grupo de animais começou a crescer e a se proliferar. Foi assim que começou a ascensão dos mamíferos. E o resultado disso é nós estarmos aqui hoje."
Os cientistas afiram que esta e outras descobertas ajudam a formar o cenário sobre como os mamíferos sobreviveram ao evento que causou a extinção dos dinossauros. "Muitos mamíferos morreram, mas esse grupo específico acabou se saindo bastante bem", afirmou o pesquisador. "O mundo mudou em um dia. Literalmente."
"A colisão do asteroide e os dinossauros sendo extintos. Parecia que os mamíferos estava apenas esperando a vez deles e, assim que os dinossauros desaparecerem, eles prosperaram."

Chega a 11 número de mortos e 223 feridos devido ao tufão Mujigae na China

5 out 2015 13h50

Pelo menos 11 pessoas morreram e 223 ficaram feridas devido às fortes tempestades e vendavais causados pelo tufão Mujigae no litoral sul da China, informou nesta segunda-feira pela agência oficial "Xinhua".
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A província de Cantão, a primeira em cujo litoral o tufão chegou ontem, é a mais afetada, já que se foi sacudida por fortes tornados que causaram a maior parte das vítimas e deixaram sem abastecimento de água e de energia cidades como Zhanjiang durante horas.
Quatro das vítimas morreram no distrito de Fanzhu, associado à capital da província, também chamada de Cantão, enquanto outras seis vítimas eram da vizinha cidade de Foshan e a outra foi atingida por uma árvore em Nanning, capital da região autônoma de Guangxi.
O Mujigae obrigou a evacuação de quase 80 mil pessoas e destruiu mais de 740 casas. Mais de 4,5 milhões de pessoas se viram afetadas pelo tufão, que em Cantão e Guangxi causou perdas econômicas superiores aos US$ 2 bilhões, de acordo com a "Xinhua".
O tufão veio na semana de férias na qual a China comemora o Dia Nacional, por isso que afetou viajantes que estavam na região, como mais de 500 que ficaram isolados na ilha de Fangji, um destino popular, e que tiveram que ser resgatados.
Vários serviços ferroviários e alguns aeroportos do sul do país cancelaram suas viagens nos últimos dois dias devido ao Mujigae, 22º tufão que castiga a China neste ano.

Corpo é encontrado durante busca por navio que sumiu em furacão

Cargueiro El Faro sumiu nas Bahamas durante o furacão Joaquin.
Equipes de resgate buscam possíveis sobreviventes.

Da Reuters
El Faro desapareceu no olho do furacão Joaquin.  (Foto: Reuters/Tote Maritime)El Faro desapareceu no olho do furacão Joaquin. (Foto: Reuters/Tote Maritime)
Um corpo foi encontrado por equipes que procuravam o navio de carga El Faro, que desapareceu nas Bahamas durante a passagem do furacão Joaquin, informou a Guarda Costeira dos Estados Unidos nesta segunda-feira.
As equipes de resgate não buscam mais pelo navio, que acredita-se ter afundado, e mudaram o foco das buscas para os eventuais sobreviventes, disse o porta-voz da Guarda Costeira Mark Fedor.
Uma bote salva-vidas do navio foi recuperado, mas sem pessoas a bordo, disse.
O navio cargueiro de 224 metros, com 28 cidadãos norte-americanos e cinco poloneses a bordo, deixou Jacksonville, na Flórida, na terça-feira, para San Juan, em Porto Rico.
Na quinta-feira, o navio relatou perda de propulsão e arranque após passar pelos ventos ferozes que o Joaquin deixou nas Bahamas, de acordo com a empresa responsável pelo El Faro, Tote Maritime Puerto Rico.
Equipes aéreas encontraram no domingo vários destroços nas proximidades da última posição conhecida do navio, incluindo madeira, cargas e outros itens.
Não houve confirmação de os destroços pertencerem ao El Faro, embora uma boia encontrada ser do navio desaparecido, informaram a Guarda Costeira e a Tote Maritime.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015


Um meteorito e muitos vulcões, combinação mortal para os dinossauros

O debate sobre a causa da extinção em massa da vida na Terra, há 66 milhões de anos, dura há décadas. Agora, novos resultados podem permitir reconciliar as duas explicações rivais.
Representação artística de um impacto na Terra capaz de causar uma extinção em massa
Don Davis/NASA
Hoje em dia, o cenário mais geralmente aceite para explicar o desaparecimento dos dinossauros, há 66 milhões de anos, é que um asteróide – ou um cometa –, embateu no nosso planeta, criando a enorme cratera de Chicxulub, no Iucatão (México) e mergulhando a Terra numa densa nuvem de poeiras – um “inverno” global que exterminou árvores, plantas, animais.
Porém, há também quem proponha um outro cenário, argumentando que terá sido a actividade vulcânica intensa, também patente naquele período, a responsável pelo cataclismo ecológico. Para os defensores desta explicação alternativa, os materiais e os gases expelidos pelos vulcões terão sido, por si só, suficientes para bloquear a luz do sol à escala planetária durante muito tempo.
O debate dura há 35 anos, mas agora, uma equipa internacional que inclui especialistas dos EUA e da Índia apresentou novos dados que sugerem que, na realidade, foi o conjunto desses dois eventos globais que esteve na origem da extinção de pelo menos 75% das espécies terrestres e marinhas que existiam na altura. Os seus resultados foram publicados esta quinta-feira na revista Science.
Os cientistas, liderados por Paul Renne, da Universidade da Califórnia (EUA), realizaram novas datações das camadas de lava solidificada de uma das maiores regiões vulcânicas do mundo: o Planalto do Decão, a leste de Bombaim, na Índia. Já se sabia que esses fluxos de lava se formaram há cerca de 66 milhões de anos, mas os novos resultados, os mais precisos de sempre segundo os autores, permitem concluir que essas estruturas se formaram, à escala geológica, quase logo a seguir ao impacto do bólide que caiu em Chicxulub.
“Com base na nossa datação das lavas, podemos afirmar com bastante certeza que o vulcanismo [se intensificou] num intervalo de 50.000 anos após o impacto”, explica Renne em comunicado da sua universidade. “Portanto, torna-se um pouco artificial separá-los enquanto mecanismos mortíferos: os dois fenómenos estiveram claramente em acção em simultâneo.” Portanto, para este especialista, “uma vez que ambos ocorreram ao mesmo tempo, vai ser essencialmente impossível atribuir os efeitos atmosféricos que se seguiram a um desses eventos isoladamente.”
Uma das hipóteses que os autores propõem consiste em dizer que o impacto provocou uma mudança no “sistema de canalização” dos vulcões do Planalto do Decão, induzindo mudanças radicais no seu padrão eruptivo. Antes do impacto, os “vulcões andavam alegremente a cuspir em contínuo, com calma e relativa lentidão”, diz Renne. Mas a seguir, esse regime mudou, passando a haver erupções mais episódicas mas cuja velocidade de ejecção mais do que duplicou. Para o cientista, isto pode ser explicado pelo surto de actividade sísmica que o impacto terá gerado em todo o planeta e que fez aumentar o tamanho das câmaras magmáticas. Daí que elas tenham passado a demorar mais a encher-se e a explodir, mas que, ao explodirem, tenham cuspido quantidades de lava muito maiores e a maior velocidade.
Uma outra peça que parece bater certo com as observações, explica ainda Renne, é que esse “vulcanismo acelerado” durou cerca de 500.000 anos – ou seja, precisamente o tempo que “a biodiversidade e a química dos oceanos demoraram a recuperar realmente” da extinção.
“Na altura da extinção [que corresponde a uma camada identificável nos sedimentos geológicos], vemos mudanças radicais naquele sistema vulcânico, tanto em termos do ritmo das erupções como da sua dimensão, do volume das ejecções e em certa medida da composição química do material expelido”, explica ainda Renne. “Os nossos dados não provam conclusivamente que foi o impacto [do meteorito] que provocou estas mudanças, mas a ligação entre os dois fenómenos parece cada vez mais clara.”
O co-autor Mark Richards, da mesma universidade – e o cientista que inicialmente propôs a ideia de o vulcanismo do Planalto do Decão ter sido “reacendido” pelo impacto de um asteróide ou cometa –, não tem elementos para afirmar qual dos dois eventos terá constituído a verdadeira sentença de morte para grande parte da vida na Terra. Mas “se as nossas datações de alta precisão continuarem a aproximar cada vez mais os três acontecimentos – o impacto, a extinção e o grande pico de vulcanismo –, as pessoas vão ter de aceitar a possibilidade de estarem ligados”, salienta. Seja como for, conclui, “o cenário que estamos a propor – que o impacto desencadeou o vulcanismo – reconcilia de facto o que até agora parecia ser uma inimaginável coincidência”.